Cultivar o Equilíbrio Emocional em tempos “normais” já era uma tarefa difícil, agora com a pandemia tornou-se um verdadeiro desafio. A boa notícia é que podemos contar com dicas para equilibrar as emoções e eu separei algumas para compartilhar aqui.
Nesse período de quarentena, tenho me abastecido de alguns conteúdos, procurando sempre fazer uma curadoria para selecionar o que é relevante para o momento. Alguns deles são pertinentes, outros simplesmente descarto só pelo título.
Equilíbrio Emocional é um conteúdo relevante, principalmente para essa fase que estamos vivendo. O tema foi título de uma das lives da apresentadora Mariana Ferrão, onde ela conversa com Elisa Kozasa, pesquisadora de comportamentos e neurociência do Hospital Israelita Albert Einstein.
No vídeo em questão, foram abordados vários aspectos comportamentais, dos quais pude extrair as dicas que vou citar nesse artigo.
Uma das principais queixas das pessoas (inclusive a minha), é o fato de parecer que estamos vivendo em uma montanha russa: tem dias que acordamos sem vontade de fazer nada, outros nos quais queremos fazer tudo, inclusive o que não podemos.
De acordo com a pesquisadora Elisa Kozasa, estar equilibrado não é estar estático. Para explicar isso ela usa o exemplo do surf e das ondas, onde ela diz: “se você ficar estático, você é engolido pela onda”.
Ou seja, o equilíbrio está em conseguir se adaptar a cada onda e a seus movimentos pois, assim como no surf, a vida tem seus altos e baixos. O problema ocorre quando mergulhamos e não conseguimos mais subir.
Para “subir na onda e surfar com equilíbrio”, podemos seguir algumas dicas simples… Vamos a elas!
Problemas sempre vão surgir, mas nem sempre podemos resolvê-los imediatamente. Se por exemplo, alguém chega para ter uma conversa sobre algum problema, mas não estamos dispostos a conversar, temos que ser claros e pedir para deixá-la para outro momento.
A sugestão aqui não é fugir do problema, mas sim perceber que ele existe e entender que não está em condições de resolvê-lo. Isso pode ser com qualquer coisa, não necessariamente uma conversa.
Talvez tenhamos alguma atividade para fazer, mas não estamos bem para executá-la. Se fizermos mesmo assim, pode ser que não fique tão bom quanto gostaríamos. Nesse caso, o melhor é deixar para o dia seguinte ou para outro momento.
Podemos resolver as coisas um dia por vez, mas precisamos prestar atenção com relação à frequência com que adiamos as tarefas. Aqui Elisa faz novamente a comparação com as ondas do mar.
Os problemas vêm como as ondas, ou seja, um atrás do outro. Se não estamos conseguindo lidar com eles, precisamos de ajuda. Nesse momento a sugestão é procurar um profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra).
Atualmente, existem algumas plataformas onde psicólogos e psiquiatras estão atendendo por tele consultas. Vale a pena fazer uma pesquisa e agendar uma consulta online.
“A mente e o corpo são uma unidade. O que afeta o seu corpo vai afetar a sua mente e o que afeta a sua mente afeta o seu corpo”.
Em outra live feita pela Mariana com o Dr. Fabiano Moulin, foi explicado sobre a importância da atividade física para o cérebro e esse artigo encaixa perfeitamente aqui.
Atividade física em contato com a natureza ajuda a fazer melhores escolhas na vida, inclusive relacionadas à alimentação, pois inibe a fome emocional.
Sabemos que, nesses tempos de pandemia, fazer atividade física ao ar livre ficou mais difícil para algumas pessoas. Já quem tem a oportunidade de estar em contato com a natureza, terá maiores benefícios, principalmente nessa fase.
O importante é praticar alguma atividade que dê prazer e não fazer apenas por obrigação.
As emoções refletem no nosso corpo, por isso devemos reconhecer o que estamos sentindo e analisar o que fazer com elas.
Assim como foi dito pelo Dr. Fabiano Moulin: “a emoção é uma mensagem criptografada entre o corpo e o cérebro”.
Quando estamos com raiva, nosso corpo reage com aumento de temperatura e mudanças na postura. Para contê-la, temos que parar e percebê-la, antes de tomar qualquer atitude impulsiva.
Precisamos entender a raiva e saber pontuá-la para nos expressar de forma construtiva e educativa. Para fazer isso sem explodir, é preciso planejar conversas, atitudes e ações.
O nosso cérebro se fecha quando há opiniões divergentes, mas uma das estratégias para cultivar o equilíbrio emocional é, justamente, respeitar os diferentes pontos de vista. Para isso, precisamos praticar a escuta, percebendo o ponto em que é melhor direcionar a conversa para outro caminho, ou mesmo mudar de assunto.
Infelizmente, os piores episódios de raiva acontecem com quem a gente mais convive e nos arrependemos disso. Diante do arrependimento, devemos analisar onde erramos para não repetir o erro.
“Somos roteiristas da nossa própria vida e podemos mudar o fim da história”.
Ampliar a consciência situacional é um protocolo da área da saúde sobre mudança de cultura e de hábitos. Esse protocolo foi desenvolvido pela equipe de Elisa para ser utilizado no Albert Einstein, mas pode ser levado para outras áreas.
Consciência situacional é aquela que nos permite perceber elementos do ambiente para uma tomada de decisão. O protocolo consiste em desenvolver essa percepção de si próprio e das outras pessoas. Se não estamos bem, precisamos pedir ajuda e se alguém não está bem, devemos oferecer ajuda.
Ninguém consegue atingir o equilíbrio emocional de uma hora para outra, por isso é tão importante esse treino: parar, respirar e só então ver o que deve ser feito para melhorar a vida das pessoas e a própria.
O cultivo do Equilíbrio Emocional não pode ser medido, por isso ele deve ser praticado dia após dia com constância, disciplina e comprometimento.
“Somos gestores da nossa própria saúde emocional e quando estamos comprometidos com ela, temos sucesso em vários pontos da vida”.
Os desafios emocionais acontecem diariamente e, quando conseguimos vencê-los, somos estimulados a continuar. Não temos como desenvolver resiliência e paciência se não passarmos por dificuldades, pois elas podem nos ensinar muito.
Todas as perdas nos fazem sentir como se tivéssemos perdido um pedaço de nós.
No luto, por exemplo, é importante primeiro entender que, se estamos sentindo falta, é porque a pessoa teve muito valor. Não cultive o vazio para não se afundar. Pense na experiência incrível que tivemos com essas pessoas e procure lembrar dos bons momentos.
A falta de dinheiro também nos desequilibra emocionalmente. Por isso, quando perdemos um emprego, a principal medida é diminuir o consumo. Em seguida, devemos usar a criatividade, desenvolver novas habilidades e estar aberto para pedir e receber ajuda.
A maioria de nós já passou ou está passando por alguma dificuldade. Quando isso acontece, podemos sim pedir ajuda, mas também saber honrá-la.
Além de agradecer por tudo o que temos e pela ajuda que recebemos, precisamos retribuir ajudando também a quem precisa e devolvendo o que nos foi emprestado.
Esses foram os pontos mais relevantes para mim no vídeo Cultivando o Equilíbrio Emocional. Espero que possa ajudar outras pessoas compartilhando esse conteúdo!
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Obrigada pela visita e até a próxima! 😉
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